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Edição 147
09 de outubro de 2008

Argumento

Centro Nacional de Bioimagem: tecnologia de ponta

Cília Monteiro

Um novo prédio está em construção no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Trata-se do Centro Nacional de Bioimagem, com inauguração prevista para meados de 2009. “A idéia é dar continuidade à experiência de sucesso obtida no Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas (CNRMN)”, explica Fábio Almeida, coordenador do CNRMN e professor do Instituto de Bioquímica Médica. Segundo ele, o objetivo é desenvolver outras técnicas que possibilitem novas imagens necessárias a experimentos básicos.

O CNRMN é utilizado tanto por pesquisadores internos como por profissionais de outros centros. “Usamos toda nossa expertise em ressonância magnética nuclear a nosso próprio favor, em pesquisas individuais e, ao mesmo tempo, para servir a vários outros grupos”, observa Almeida. De acordo com ele, os equipamentos estão funcionando bem e a técnica, evoluindo. “Quando se trabalha com equipamentos sofisticados é necessário avançar junto com a tecnologia, caso contrário não se pode mais realizar experimentos de ponta. Estamos conseguindo esta evolução”, destaca o professor.

– A partir desta experiência positiva, Jerson Lima da Silva, diretor do CNRMN, pensou em ampliar a idéia, pensou na criação do Centro Nacional de Bioimagem – informa Almeida. Segundo o professor, existem equipamentos importantes utilizados em diagnósticos de seres humanos, mas ainda são poucos os destinados para a área de pesquisa básica, que estuda pequenos animais. “A primeira etapa de uma terapia experimental é feita nestes seres. Então há uma busca por estratégias para que possamos aprender sem sacrificar o animal, inclusive com resultados muito mais precisos e relevantes”, explica o coordenador. O Centro Nacional de Bioimagem contará com equipamentos que permitirão o desenvolvimento de pesquisas nos animais ainda vivos.

Dentre os novos aparelhos, Almeida citou o MRI (Imagem por ressonância magnética), que será útil para o estudo dos pequenos animais. Além disso, o centro terá a técnica de Fluorescence Correlation Spectroscopy (Espectroscopia de correlação de fluorescência), que permitirá observar células e invasão de vírus, bem como sua reprodução. Segundo ele, o projeto inclui também a compra de um PET (Positron Emission Tomography), possibilitando “outra forma de fazer imagens funcionais”, relata Almeida.

– Quando queremos estudar o cérebro em funcionamento, tanto a ressonância magnética de imagem quanto o PET são meios fantásticos. Todo um avanço em Neurociências, a partir da década de 90, em grande parte se deve a estas técnicas e estes dois aparelhos serão os primeiros destinados a pequenos animais – aponta.

De acordo com o coordenador, a lógica da utilização dos equipamentos será a mesma aplicada no CNRMN, ressaltando que o centro será multiusual, “estará aberto a outros grupos também, pois se trata de equipamentos importantes”.

Fábio acredita que a funcionalidade do Centro Nacional de Bioimagem será importante para o CCS e para outros cursos da UFRJ. “Será útil para quem trabalha com animais de laboratório, injeta células-tronco, por exemplo, e quer acompanhar o trajeto da célula. Ainda, para quem está testando um determinado composto ou droga”, menciona o coordenador.

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