Agência de Notícias da UFRJ www.olharvital.ufrj.br
Edição 117
13 de março de 2008

Saúde e Prevenção

Dia Mundial do Rim destaca a importância da prevenção de doenças renais

Tatiane Leal

Dia 13 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim. Essa data lembra a necessidade de prevenir as diversas doenças renais. Uma das mais comuns, a nefrite, é também responsável por 50% dos problemas renais. Para impedir o desenvolvimento de problemas mais sérios, é importante estar atento a alguns sintomas e procedimentos.

A nefrite é uma inflamação nos rins de causa ligada ao sistema imunológico. A presença de substâncias estranhas ao organismo pode desencadear a produção de anticorpos. A reunião do antígeno com o anticorpo forma um complexo solúvel que, ao circular no organismo, pode se fixar em tecidos e gerar um processo inflamatório. Por isso, outras doenças podem causar algum problema nos rins. A nefrite apresenta como características a presença de sangue e da proteína albumina na urina, além de hipertensão, em alguns casos.

A nefrologista Cristiane Moura, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), afirmou que a maior ocorrência entre os pacientes de doenças renais é de quadros de diabetes e hipertensão. Além disso, outras doenças como gota e reumatismo são portas de entrada para problemas no rim. Por outro lado, além de causa, a hipertensão pode ser conseqüência de um problema renal como a nefrite. Isso ocorre porque o rim exerce controle sobre o volume dos líquidos e, assim, tem influência direta na pressão arterial e venosa. “O rim tem uma função enorme na patologia da hipertensão arterial. Hipertensos, muitas vezes, têm a causa da doença ligada ao rim e procuram somente o cardiologista.”

Prevenção

A creatinina, uma das substâncias excretadas pelo organismo, é um fator de avaliação da função renal e pode denunciar a existência de problemas. Com sua medição no sangue e na urina, é possível calcular a taxa de filtração do rim. “Muitos médicos sempre pedem que o paciente verifique a glicose e esquecem a creatinina. Em observação, da creatinina, se há perda de proteína na urina, é possível prevenir danos sérios, capazes de levar à hemodiálise”, explica a médica.

A chave para a prevenção é a observação de alterações na urina, como volume, cor e cheiro e a realização de exames periódicos de sangue, atentando para a creatinina, e de urina, observando a eventual presença de sangue ou proteínas. A doutora Cristiane Moura fez um alerta: “Muitos pacientes já são encaminhados para o nefrologista com uma creatinina muito alta e então a única opção torna-se a hemodiálise. A sociedade ainda não está atenta para o problema renal, para doenças altamente prevalentes que podem ser prevenidas”.

Anteriores