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Edição 088
5 de julho de 2007

Notícias da Semana

Urologista apresenta nova técnica de cirurgia

Cinthia Pascueto

O II Encontro Interuniversitário de Urologia do Estado do Rio de Janeiro aconteceu nesta segunda-feira, dia 2, no auditório Alice Rosa, 12º andar do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Para o evento, foi convidado como palestrante Paulo Ricardo Monti, urologista e professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que falou sobre a técnica de tubularização transversal, desenvolvida em 1997, durante seu projeto de pesquisa. O Encontro contou com a presença de médicos e docentes da área da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que apresentaram casos clínicos em urologia, além da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Monti expôs a forma como foi desenvolvida sua linha de pesquisa, desde o uso de cães para a experimentação e teste da eficiência da cirurgia até dados do estudo do comportamento clínico de pacientes operados com a técnica desenvolvida por ele. Mário Bianco, urologista do HUCFF, sintetiza então a palestra do médico de Uberaba: “a técnica utiliza-se de segmentos intestinais reconfigurados, como trechos de íleo para, por exemplo, substituir o ureter quando este apresenta complicações no organismo. Outras patologias, como bexiga neurogênica, tumor de bexiga e trauma de ureter, que causam sintomas como retenção ou incontinência urinária, diminuição do tamanho do reservatório urinário e cálculos, também podem ser amenizadas com o novo procedimento – batizada com o nome do médico”, afirmou Bianco.

Paulo destacou ainda a eficácia da técnica que desenvolveu com outra já existente, chamada Mitrofanoff, desenvolvida em 1980 e que utiliza secções do apêndice em operações semelhantes. Para isso, o uso das estatísticas levantadas durante 10 anos de uso da técnica Monti, aplicada em 27 pacientes foi de extrema importância para sua análise.

No encontro, também foram discutidas os casos clínicos expostos pela UFRJ e pela UERJ. A primeira, apresentada pelo médico residente Márcio Carneiro e orientada por Mário Bianco, expôs casos de cálculo renal e litotripsia extra-corpórea (LECO), ou seja, a fragmentação de cálculos renais por ondas de choque,  e uma cirurgia percutânea realizada em um paciente tetraplégico para retirada de cálculos no rim e na bexiga. Já a UERJ discutiu sobre tumor renal e cirurgias reconstrutivas, sendo apresentadas por Alexsandro da Silva e discutidas por Ronaldo Damião, do Grupo de Urologia Reconstrutora (HUPE/UERJ).


UFRJ na Semana da Terra

Cinthia Pascueto

A primeira reunião para discutir os preparativos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi realizada pela Pro-reitoria de Extensão (PR-5), que fez um breve relato das edições passadas e definiu a data de participação da UFRJ no evento, que será de 3 a 6 de outubro. Criado por decreto presidencial em 2004 e coordenado pelo Ministério de Ciência e Tecnlogia, o evento aborda em 2007, a temática “Terra!”, devido à importância das questões relacionadas à exploração dos recursos do planeta e à proclamação deste ano como o Ano Internacional do Planeta Terra, declarada em 2005 pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, com o apoio de 191 países.

A superintendente de extensão da UFRJ Isabel Cristina Alencar de Azevedo, declarou que todos os participantes vão trabalhar em torno de grandes temas, como preservação, poluição e degradação ambiental. “Para isso vamos marcar presença no Aterro do Flamengo, em São Cristóvão, no Trem, na Balsa e no Parque da Ciência, em Nova Iguaçu e no campus do Fundão, onde podemos buscar parcerias só com empresas que já estão instaladas aqui: Cempes, Cepel, Petrobrás, Eletrobrás e Embratel, que possuem áreas de pesquisa e muitas vezes nem tomamos conhecimento das mesmas. Como o evento integra vários centros de pesquisa, o que torna interessante para a UFRJ é que, sendo o Fundão, que possui uma marca universitária muito forte, podemos reforçar o patrocínio, associados a essas instituições. Isso viabilizaria uma política de relacionamento com a comunidade universitária mais estreita, além de melhor atender a população”, ressalta Isabel.

Os organizadores da Semana Nacional de C&T na UFRJ lamentam porém que neste ano não será possível  montar tendas no Campus da Praia Vermelha, apesar do sucesso que fez nos últimos anos. Essa baixa se deve ao fato de que neste ano não sairá o Edital do CNPq, o que determina a falta de condições financeiras para realizar o evento naquele campus. Por outro lado, além de tendas espalhadas pela cidade como já ocorreu nos outros anos, a Semana de 2007  deve aproveitar melhor o espaço oferecido pelo campus do Fundão, com a elaboração de circuitos que integrem os vários centros de estudo do campus e suas programações.

Quanto às atividades que estão sendo planejadas, encontra-se a hialotecnia (escultura em vidro) e o planetário inflável – que estão entre os preferidos dos visitantes e já integraram programações passadas - atividades no Hangar, demonstrações de dança, música, visita ao tanque oceânico, corrida rústica, oficina de crachá, apresentação de uma peça que aborda a conscientização ambiental, entre outros. Além disso, Isabel faz especulações sobre a possibilidade de criar circuitos que possam ser realizados não apenas durante o evento de Ciência e Tecnologia, mas durante todo o ano, transformando o campus numa área de convivência com a sociedade. “Esses circuitos que estamos elaborando abrem uma série de atividades de lazer no Fundão, que podemos realizar também nos fins-de-semana. Dessa forma, começa a surgir um desenho bastante interessante para o campus, mudando a imagem negativa que ele possui”, sugere a superintendente.


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