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Edição 045
20 de julho de 2006
O 2º Congresso Brasileiro de Emergências Ambientais, que ocorre nos dias 7 e 8 de agosto no Hotel Century Paulista, em São Paulo, trata dos danos e responsabilidades ambientais, planos de emergência e a comunicação ambiental, entre outros temas. O evento é de grande importância, na medida em que a segurança é sempre um assunto prioritário em qualquer ambiente. E não é diferente no Centro de Ciências da Saúde, local por onde circulam cerca de seis mil pessoas por dia. Problemas pequenos podem se transformar em enormes dores de cabeça, e, por isso, as diversas formas de segurança devem ser analisadas, livrando de perigo e trazendo tranqüilidade aos transeuntes.
Segundo Sebastião Coelho, administrador da Sede do CCS, o principal problema
existente tem sido o modo em relação à prevenção
contra incêndios. “Algumas medidas foram tomadas pela Comissão
de Biossegurança no último ano. Foram comprados extintores de
incêndio para todas as salas de aula e corredores, mas houve depredação,
e até roubo de equipamentos. Não sei se é possível
caracterizar como roubo, mas sumiram,” afirma.
Tomás Langenbach, coordenador da Comissão de Biossegurança
do CCS, também abordou a questão no Conselho de Centro realizado
dia 17, e concorda que seja um problema grave. Segundo ele os 42 extintores de
incêndio localizados dentro de sala de aula foram furtados do subsolo do
CCS, e os que estavam nos corredores foram destruídos, descarregados. “No
momento não existe nenhum extintor no subsolo o que acarreta um sério
problema de segurança já que as 30 salas de aula são todas
de madeira, cortiça e isopor”, alerta Langenbach.
Além dos extintores, existem outros meios que contribuem para a segurança do prédio, como as luzes de emergência - que também foram roubadas e danificadas. Segundo Sebastião Coelho, foi criado um projeto pelo Eplan (Escritório de Planejamento) em relação à saída das pessoas em caso de falta de energia elétrica, que é ligar algumas luminárias de emergência em pontos estratégicos para facilitar o acesso dos que estejam em locais difíceis. “Uma parte já foi feita, que era atender aos laboratórios, corredores e salas de aula, mas algumas luzes foram roubadas e depredadas e a gente não consegue descobrir os responsáveis”, diz o administrador.
Medidas como a interdição das salas de aula até que se resolva o problema; proteção dos equipamentos, como colocação de um sensor eletrônico capaz de detectar a saída de qualquer equipamento por sinal sonoro; posicionar um vigilante no subsolo durante o expediente; providenciar o sistema de câmeras com circuito fechado e reinstalar os portões de acesso, que serão fechados após o término das aulas, foram sugeridas pela coordenação da Biossegurança e acatadas pelos conselheiros que pediram urgência na implantação das mesmas.
Mas para Sebastião não há a necessidade
de tanta preocupação: “eu convivo nesse
prédio há 18 anos, e acho que o problema
maior de incêndio ocorre na ausência dos usuários,
porque pode se alastrar e produzir um problema sério.
Mas se a pessoa vê um principio de incêndio,
há como ela sair e procurar ajuda. Já houve
sinistros, mas em laboratórios com equipamentos
inadequados. Então na minha opinião a gente
deve ter a nossa segurança, mas não é necessário
exagerar.”
Outra medida a ser tomada, apoiada tanto pelo Conselho
de Centro quanto pelo administrador é o início
de campanhas de conscientização. “Muito
poucos são os que se preocupam em relação à prevenção
de incêndios. Acho importante ter um esclarecimento
mais amplo porque as pessoas não têm noção
de perigo. Poderia haver uma campanha em massa, temos auditórios
imensos que podem servir para isso, além de solicitarmos
ao Corpo de Bombeiros para ministrarem palestras para todos,
para que, assim, os problemas possam ser minimizados e
resolvidos”, finaliza.