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Edição 039
8 de junho de 2006

Notícias da Semana

Ex-diretor da Faculdade de Medicina é eleito decano do CCS

Geralda Alves

foto no foco

O professor Almir Fraga Valladares ex-diretor da Faculdade de Medicina é o novo decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ele venceu o pleito com 51,70% dos votos entre os docentes, contra 42,58% de João Ferreira. Os votos dos discentes para o novo decano somaram 62,7%, enquanto que o outro candidato recebeu 30,40% dos votos. Entre os técnicos-administrativos a vitória também foi de Almir (48,3% contra 32,2%).

Os votos são ponderados, concedendo pesos diferenciados por categoria: docentes 70%, discentes 15% e técnicos-administrativos 15%. O total dos votos entre os docentes foi de 822, discentes 1.119 e técnicos-administrativos 1.772.


Ensino Médio visita a UFRJ

Mariana Elia e Carlos Eduardo Cayres

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A pró-Reitoria de Extensão (pR5) promoveu nos dias 8 e 9 o evento Conhecendo a UFRJ. Ao todo, dez mil estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares, além de pré-vestibulares, foram à Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) para saber um pouco sobre os diversos cursos de graduação que a universidade oferece.

Seis ginásios, uma tenda e uma alameda da EEFD formaram o palco das atividades do evento, que principiou às 8 e terminou às 17h das últimas quarta e quinta-feira. No corredor foram montados stands, onde cada um dos 48 cursos de graduação pôde mostrar aos futuros universitários pesquisas desenvolvidas dentro da universidade.

A mesa de abertura foi composta por Eliane Frankel, diretora do evento, Alexandre Mello, diretor da Escola de Educação Física e Desportos, Laura Tavares, Pró-reitora de extensão, José Roberto Meier, Pró-reitor, Paulo Bisch, decano do Centro de Ciências da Saúde, e Luís Otávio Mendes Langlois, coordenador da Comissão de Vestibular.

José Roberto falou acerca do aumento do número de bolsa de Iniciação Científica, o que, segundo ele, é extremamente relevante, pois incentiva o aluno a permanecer na universidade. Luis Otávio explicou o funcionamento do Vestibular da UFRJ e comentou: “é importante chegar cedo e tranqüilo no dia da prova. O atraso só aumenta a tensão nervosa”.

Com um mês para organizar o evento, Eliane Frankel disse que o objetivo é “divulgar os cursos de graduação e pós-graduação da universidade, além de mostrar aos estudantes do Ensino Médio das redes públicas que ingressar na UFRJ não é uma meta difícil de ser alcançada”.

Nos ginásios e na tenda, professores ministraram palestras sobre a universidade e as diferentes cursos que a UFRJ oferece. Alguns preparam apresentações em projeção, enquanto outros preferiram responder às perguntas dos jovens. Muito aplaudido pelo entusiasmo com que falou ao público, William Bittar, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, relevou também a importância de os alunos conhecerem a estrutura das faculdades pretendidas a fim de evitar frustrações.

As alunas Sara Costa e Ísis Mattos, do Colégio Sagrado Coração de Maria, consideraram bastante produtivo o encontro, pois puderam comparar com universidades particulares antes visitadas. “Hoje conhecemos a estrutura da UFRJ, que é muito maior do que outras universidades”, comenta Sara. Ísis avaliou como maior problema a falta de cuidado com as construções e equipamentos. “Se fosse mais conservada, seria a melhor opção”, finaliza.

Os jovens demonstraram ter pouca clareza em relação às diferenças de formação entre os cursos. Muitos perguntaram ao coordenador de Graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery, Paulo Vaccario, sobre a diferença entre um médico e um enfermeiro, e se esse atua da mesma maneira que um técnico em enfermagem. Da mesma forma, durante a apresentação do curso de Psicologia, dúvidas surgiram em torno das diferenças entre esse ofício e a Psiquiatria.

Conhecendo a UFRJ comemora seu terceiro ano com um contingente cinco vezes maior que o recebido no ano anterior (e muito maior que 2004, quando foram apenas 500 estudantes). Em 2005, a pesquisa realizada entre os alunos revelou que os principais interesses na visita eram saber mais sobre o curso escolhido (48%) e conhecer a instituição (45%). Uma parte (37%) ainda afirmou que o mais importante era tirar algumas dúvidas antes da decisão sobre o curso a concorrer.

Organizado e com um número de voluntários considerável, o evento que para Luís Otávio Langlois, “desmistifica a universidade para os alunos do Ensino Médio”, correu sem problemas e com o animado encerramento da Companhia Folclórica do Rio de Janeiro na quarta-feira. O coro infantil da Escola de Música da UFRJ fechou o evento na quinta-feira.


Edson Saad homenageado no HUCFF

Mariana Granja

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“A sua voz era forte e era ouvida como a voz do bom senso”. Essa frase, proferida por Antonio Paes de Carvalho, professor Emérito da Faculdade de Medicina, refere-se ao professor Edson Abdala Saad, falecido há um ano e homenageado no último dia 5, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), com a presença de profissionais da saúde, amigos e familiares.

Edson Saad, professor titular de Cardiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, foi um dos criadores da pós-graduação em nível de mestrado e doutorado da universidade. Além de ter sido membro da Academia de Medicina e idealizador do Instituto de Doenças do Tórax (IDT), tem seu nome compondo o Instituto do Coração da UFRJ, Instituto do Coração Edson Abdala Saad (Iceas). Suas paixões, segundo Paes de Carvalho, amigo e companheiro de trabalho, eram a família, a Medicina e, principalmente, a UFRJ. “Esse homem era um apaixonado pela UFRJ, tinha dois senhores, duas paixões: a família e a universidade, e podia conviver muito bem com elas”. Nos colegiados acadêmicos da UFRJ, sua doce liderança associava-se à persistência para alcançar os objetivos, e mesmo depois da invialibização do projeto inicial do IDT, não se deu por vencido, recuperando o projeto e assistindo a aprovação do Iceas.

O Instituto do Coração, segundo Nelson Souza e Silva, chefe do Serviço de Cardiologia do HUCFF e vice-diretor do Iceas, é de extrema importância para a sociedade em geral devido ao alto número de doenças cardiovasculares existentes. “As doenças cardiovasculares são um dos maiores problemas de saúde do país, matando mais do que o dobro da segunda causa de morte, que é o câncer. A universidade pode congregar saberes de diversas áreas, que juntem não somente a Cardiologia, mas qualquer área que contribua para a redução das doenças cardiovasculares, e é isso que o Iceas se propõe a fazer”, explica o docente.

Segundo Souza e Silva, o Iceas deveria ser uma organização de assistência hospitalar inovadora em seu modelo, integrada à prestação assistencial por outros agentes públicos e privados que fossem capazes de operar nos mesmos padrões de qualidade e ética que seu instituto. Assim, seria formada uma organização sem fronteiras, pois todos, segundo Edson Saad, merecem a mesma qualidade de atendimento, independentemente de sua condição social.

Além de Antonio Paes de Carvalho e de Nelson Souza e Silva, também prestaram homenagem ao professor Saad o diretor do HUCFF Alexandre Cardoso, o Pró-reitor de Graduação José Roberto Meyer, que representava o reitor Aloísio Teixeira, a professora da Faculdade de Medicina, Lea Miriam da Fonseca, a decania do CCS, o diretor da Faculdade de Medicina, Antônio Ledo e o professor Mauro Paes Leme, o Instituto do Coração. Os professores lembraram passagens na vida de Saad e entregaram placas à família do homenageado. Por fim, deixaram explícita a importância de continuar o trabalho iniciado por Edson Saad, para que o Iceas cresça sem deixar que sua principal missão, “formar homens capazes de exercer a cidadania e contribuir para o desenvolvimento do país em sólida base ética”, como dizia Edson Saad, desapareça das mentes dos profissionais que virão.

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