• Edição 207
  • 04 de março de 2010

Argumento

Programa de Oncobiologia ganha auditório

Rede de pesquisas do câncer que reúne diferentes campos profissionais terá espaço próprio, destinado à troca de conhecimentos

Cília Monteiro

Foto: Divulgação

O Programa Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão em Biologia do Câncer (Programa de Oncobiologia), vinculado ao Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ, tem como meta integrar estudantes e profissionais de diversas áreas em torno da temática pesquisa em câncer. Além disso, também objetiva informar a sociedade, para transformá-la em importante aliada na prevenção e diagnóstico precoce da doença.

O Programa de Oncobiologia foi criado há cerca de oito anos. “A ideia surgiu durante uma reunião entre 13 pesquisadores na Academia Brasileira de Ciências: pensou-se em criar um programa que não fosse ligado apenas a um instituto do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, mas que pudesse ser interdepartamental, inclusive congregando outras instituições do Rio de Janeiro”, relata Claudia Jurberg, jornalista e coordenadora do Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia. A princípio, as instituições vinculadas eram UFRJ (tanto Hospital Universitário Clementino Fraga Filho como unidades do CCS) e Instituto Nacional de Câncer (Inca).  

No início, o programa contava com 13 membros; atualmente, possui aproximadamente 300. Reúne, além de UFRJ e Inca, mais quatro instituições: Universidade Federal Fluminense (UFF), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ).  Os membros do Programa possuem em comum o interesse pela biologia do câncer. “Além de pesquisadores, são filiados médicos, jornalistas, nutricionistas, profissionais em geral”, aponta Claudia.  

A organização do Programa de Oncobiologia se dá através de áreas de atuação: os núcleos de Ensino, Divulgação, Gestão e Eventos. O de Ensino oferece, a cada ano, módulos de cursos em diversas temáticas, nos quais também podem-se inscrever pessoas não vinculadas ao Programa. O Núcleo de Divulgação, coordenado por Claudia, se propõe a estabelecer uma ponte entre mídia e pesquisadores do Programa.  

O Núcleo de Gestão, sob coordenação do doutor Marcos Moraes, também coordenador geral do Programa de Oncobiologia, é responsável pelo financiamento. E o Núcleo de Eventos se destina à organização de simpósios e conferências. Por exemplo: todo ano acontece o Simpósio de Oncobiologia, marcado pela participação de pesquisadores do exterior. 

Também compondo o quadro de atividades, neste mês de março terão início os Journals do Programa de Oncobiologia, reuniões em que os pesquisadores irão mostrar seus resultados. “É uma forma de se realizar uma troca científica”, avalia Claudia Jurberg.  

Novo auditório 

Em meio a tantos cursos, reuniões e eventos, a criação de um espaço específico destinado ao Programa de Oncobiologia era uma antiga demanda. Para suprir esta necessidade, um novo auditório está em construção no CCS. “Estávamos há cerca de três anos em busca de um local. Era difícil, pois havia financiamento, mas não se tinha espaço disponível para a obra. Certa vez tivemos que fazer o Simpósio de Oncobiologia no Centro de Tecnologia (CT) devido à lotação dos auditórios do CCS”, relata Claudia. 

Segundo ela, a previsão é de que a obra física, já iniciada, termine em 30 de março. Após esta etapa faltarão outros detalhes, como a instalação dos aparelhos de ar condicionado. Estima-se que em meados de abril já esteja tudo pronto. O auditório, que ainda não possui nome definido, estará localizado no bloco L do CCS e terá capacidade para 100 pessoas. Quando o local não estiver em utilização pelo Programa, poderá ser disponibilizado a outras unidades do CCS. “Mas precisaremos de todo um cuidado, pois este será um espaço nobre”, enfatiza Claudia.

A obra foi financiada pela Fundação do Câncer e tem o custo de 300 mil reais. “A Fundação do Câncer tem injetado muitos recursos no Programa de Oncobiologia, desde editais de pesquisa a bolsas de pós-doutorado”, destaca a jornalista. Ela considera o novo espaço fundamental às atividades do Programa: “uma das nossas principais vertentes é o ensino, a transmissão de conhecimento, e o auditório será muito importante nessa missão”, conclui Claudia Jurberg.