• Edição 154
  • 27 de novembro de 2008

Notícias da Semana

Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais comemora
45 anos

 

Cília Monteiro

Nesta quarta-feira (26/11), foram comemorados os 45 anos do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN) em cerimônia realizada no auditório Rodolpho Paulo Rocco. A origem do NPPN encontra-se em um grupo de pesquisadores do Instituto de Química Agrícola (IQA), coordenado pelo dr. Walter Mors, que buscava um aperfeiçoamento nas técnicas analíticas e de isolamento e purificação de produtos naturais. Este grupo cresceu e se transformou inicialmente no Centro de Pesquisas de Produtos Naturais (CPPN). Em 1976, atingiu o status de Órgão Suplementar do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ e passou a ser denominado NPPN.

Na solenidade, Gilda Guimarães Leitão, diretora do NPPN, agradeceu à Faculdade de Farmácia pela parceria com o Núcleo, união que cada vez mais rende bons frutos. Ela ainda homenageou Walter Mors: “Vejo aqui várias pessoas dos primórdios do NPPN. Sentimos muito pela ausência deste mestre, ele foi a base de tudo e deixou o grande legado que temos hoje”. Por fim, declarou que uma colaboração com o Instituto de Química representa o futuro do NPPN.

Vítor Francisco Ferreira, assessor da área de Química da Faperj, ressaltou a importância da pesquisa de alta qualificação, que ele considera marca registrada da UFRJ. “Também me sinto bastante emocionado, principalmente em relação a Walter e a casa, que sempre bem me acolheu”, observou o assessor. Cássia Curan Turci, diretora do Instituto de Química, acredita que o NPPN e o Instituto no qual ocupa a direção estão constituindo uma história juntos, e ainda agradeceu a integração, que, em sua opinião, deve ser cada vez mais buscada.

Carlos Rangel, diretor da Faculdade de Farmácia, apontou que o quadro docente do NPPN é repleto de professores da Faculdade de Farmácia e mais uma vez lembrou a importância das duas unidades caminharem juntas. Almir Fraga Valladares, decano do CCS, saudou especialmente a presença dos administradores Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, e Sylvia Vargas, vice-reitora. “Gostaria também de cumprimentar Gilda Leitão e Antonio da Silva, que estão à frente do NPPN, e é devido a eles que estamos aqui. Com esta comemoração conheci um pouco mais sobre o Núcleo e o excelente trabalho realizado”, apontou o decano.

Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária, considera a concepção do NPPN como um projeto ousado para a época. “É um núcleo que abraça uma grande área, com uma história de sucesso”, declarou. Ângela Uller, pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ, avaliou: “É interessante observamos uma comemoração de 45 anos e vermos como as Instituições no Brasil são jovens. Os 200 anos da Faculdade de Medicina, comemorados este ano, representam o que temos de mais antigo. Desejo mais muitos anos de sucesso pela frente”.

Sylvia Vargas, vice-reitora da UFRJ, em momento de descontração reivindicou o título de avó do NPPN: “Eu dou os parabéns e faço esta reivindicação por ser o Núcleo o que é, caso contrário ficaria calada”, brincou. Por fim falou Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, inicialmente em resposta a Sylvia: “Não há mais dúvida sobre a árvore genealógica do NPPN, não precisamos fazer exame de DNA”. Em seguida, ressaltou a importância da data para a UFRJ: “Este é um ano de inúmeras comemorações, 200 anos da Faculdade de Medicina, 75 anos da Faculdade de Odontologia, além de comemorações externas, como os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este evento é especial, pois a UFRJ surgiu de forma fragmentada, e o NPPN foi um modelo que gerou proximidade, integração entre a universidade. Este é o momento do fim da diáspora, momento de renovar, e o motivo principal de tudo isto são os estudantes”, finalizou.


Ex-professor da Faculdade de Medicina lança livro

Monike Mar - AgN/PV

Nos tempos em que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) era Universidade do Brasil, a Faculdade de Medicina contava com aulas do professor George Doyle Maia. Ele, que em 2007 recebeu homenagem de ex-alunos renomados na área médica, relembrou o passado acadêmico nesta quarta, dia 26, no Fórum de Ciência e Cultura durante o lançamento do livro "A Nacional de Medicina, 200 anos: do Morro do Castelo à Ilha do Fundão".

No livro, com fotos e cartões-postais antigos do Rio de Janeiro, George Doyle faz um registro histórico das passagens da Faculdade de Medicina por diversas locações na cidade. A Faculdade foi criada em 1808, ano da chegada da família real portuguesa no Brasil, num local onde funcionava o Hospital Militar do Morro do Castelo. Em 1918, depois de o prédio no Morro do Castelo ter sido demolido, a Faculdade foi transferida para a Praia Vermelha, onde ficou até 1972.

O professor recebeu amigos da Universidade Santa Úrsula, onde ocupa o cargo de reitor. Estiveram presentes, dentre outros convidados, o diretor da Faculdade de Medicina, Antonio Ledo, e a vice-reitora da UFRJ, Sylvia Vargas, que chegou a ser monitora da disciplina de Histologia ministrada por George Doyle.


Faculdade de Odontologia comemora 75 anos

Rodrigo Lois - AgN/PV

Na manhã desta terça, dia 25, o auditório Pedro Calmon, do Fórum de Ciência e Cultura, ficou lotado para o início da comemoração dos 75 anos da Faculdade de Odontologia. O curso já existia antes de 1933, mas foi só a partir daquele ano que ele se desvinculou da Faculdade de Medicina.

O evento promoveu o reencontro de gerações distintas e a reaproximação de antigos amigos que trabalharam juntos na faculdade. Estavam presentes profissionais aposentados da instituição, assim como professores do atual corpo docente e convidados ilustres. Além disso, foi realizada uma cerimônia solene em homenagem à Faculdade de Odontologia, na qual estavam: Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ; Sylvia Vargas, vice-reitora; Hélio de Mattos Alves, prefeito da Cidade Universitária; Ednilson Porangaba Costa, diretor da faculdade, além de integrantes da congregação da Faculdade de Odontologia.

Rafael Arouca, um dos professores da instituição, fez questão de prestar uma homenagem, ao contar, através de uma produção audiovisual, a história da faculdade, ressaltando os eventos mais marcantes. A Faculdade de Odontologia da UFRJ, primeiro curso a oferecer o ensino no país, surgiu graças à iniciativa do Visconde de Sabóia, que conseguiu permissão junto ao imperador D.Pedro II para dar início a suas atividades, numa época em que ela ainda fazia parte da Faculdade de Medicina. Com o seu desenvolvimento, o curso de Odontologia considerava cada vez mais necessário ser independente. Em 28 de novembro de 1933, com a atuação do então diretor da faculdade José Ferreira Pires, esse objetivo foi conquistado.

A partir de 1937, a instituição ganhou o nome de Faculdade Nacional de Odontologia, e expandiu seus corpos docente, discente e administrativo. Além disso, o curso conseguiu ampliar as suas instalações na Praia Vermelha. Porém, no início dos anos 70, o curso seria transferido para a Cidade Universitária, fazendo parte do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ao final da apresentação, Rafael Arouca comentou as metas da faculdade para o futuro: “O objetivo neste início de século XXI é continuar desenvolvendo o curso, melhorar a qualidade dos profissionais e ampliar nossa infra-estrutura”.

O reitor Aloísio Teixeira entregou a placa comemorativa dos 75 anos da Faculdade de Odontologia para Ednilson Porangaba Costa, diretor atual da faculdade, que por sua vez ressaltou a importância do evento: “Esse é o momento de resgate e reflexão da identidade da instituição”. Outras placas foram entregues aos representantes dos diversos segmentos da faculdade, como a área técnico-administrativa e os departamentos de clínica odontológica, de próteses e materiais dentários e de odontopediatria.

O professor Sebastião Pires, filho de José Ferreira Pires e sobrinho de Washington Pires (ministro da Educação no primeiro governo de Getúlio Vargas), também homenageou a faculdade. “É com orgulho que hoje represento os professores que cresceram nessa instituição, que fizeram parte dela e que  ajudaram a construí-la”, afirmou Sebastião.


Emoção marca entrega do título de Professor Emérito

Márcio Castilho - AgN/PV

Como parte das comemorações pelos 75 anos da Faculdade de Odontologia, o professor Ítalo Honorato Alfredo Gandelmann recebeu nesta terça, dia 25, em sessão solene do Conselho Universitário, o título de professor emérito da UFRJ. A cerimônia lotou o Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha.

A vice-reitora Sylvia Vargas presidiu a cerimônia, que contou com as presenças na mesa do decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Almir Fraga Valladares, do diretor e vice-diretor da Faculdade de Odontologia, Ednilson Porangaba Costa e Marcio Sayão de Miranda, respectivamente, e do prefeito da Cidade Universitária, Helio de Mattos Alves. Representantes da Congregação da Faculdade de Odontologia também participaram da homenagem.

Após a abertura da cerimônia de outorga do título de professor emérito, feita por Sylvia Vargas, o diretor Ednilson Porangaba fez o discurso de saudação a Ítalo Honorato. Relembrou as contribuições científicas e pedagógicas do homenageado, um dos principais especialistas no país em Cirurgia Buco Maxilo Facial. O diretor da Faculdade de Odontologia destacou ainda sua atuação no Hospital Souza Aguiar e afirmou que o título de professor emérito mostra que Ítalo Honorato “tem ainda muito a contribuir em nossa especialidade”.

Em seguida, o decano do CCS Almir Fraga Valladares lembrou que alguns momentos de emoção pautam a rotina universitária, como a recepção aos novos alunos, as formaturas e as posses de professores titulares. Mas, segundo ele, nenhum é mais representativo para mostrar a qualidade do ensino de uma instituição do que a entrega do título de professor emérito. “O professor Ítalo é um dos exemplos de construtores da Faculdade de Odontologia”, afirmou Valladares.

O professor Italo Honorato Gandelmann formou-se pela UFRJ em 1956 e, desde então, passou a prestar relevantes serviços à Universidade, como professor e pesquisador. Em toda a sua trajetória, apresentou mais de 170 artigos científicos e teve mais de 380 participações em congressos, seminários e conferências em sua área de atuação. Em seu breve discurso, afirmou sentir-se “honrado” com o reconhecimento. Aproveitou também a ocasião para agradecer os professores que contribuíram para sua formação.

A vice-reitora da UFRJ Sylvia Vargas encerrou a cerimônia afirmando que a comunidade acadêmica está convicta de que não pode prescindir da presença do professor Ítalo Honorato.