• Edição 148
  • 16 de outubro de 2008

Teses

Dissertação de mestrado avalia depressão de gestantes

Marcello Henrique Corrêa

A mestranda Priscila Krauss defende no próximo dia 23 de outubro a dissertação “Prevalência de depressão em gestantes atendidas em uma unidade básica de saúde na cidade do Rio de Janeiro”, desenvolvida no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ. O trabalho, orientado por Giovanni Marcos Lovisi, professor do IESC, será apresentado às 9h, no próprio Instituto.

Para a pesquisadora, a questão da depressão durante a gravidez representa uma importante questão de saúde pública, mas ainda há poucas pesquisas sobre o assunto no Brasil. “Estudos têm revelado uma associação entre depressão na gravidez e efeitos deletérios no desenvolvimento do bebê. Além disso, a depressão gestacional é o principal fator de risco à depressão pós-parto”, resume a mestranda.

Além de estimar a prevalência de depressão durante a gestação, a pesquisa teve como objetivo identificar os principais fatores de risco. Para isso, o grupo coletou dados seccionais de 331 grávidas entre agosto de 2006 e julho de 2007. Os dados foram coletados levando-se em conta fatores como eventos estressantes, violência contra a mulher e condições sócio-econômicas adversas.

Os resultados obtidos apontaram depressão em 14,2% dos casos. De acordo com Priscila, os principais fatores associados ao quadro são trabalho informal, histórico de depressão, tratamento psiquiátrico prévio, gravidez não planejada, problema físico grave, conflitos com pessoas próximas e problemas financeiros.

De acordo com a mestranda, os dados apontam para a importância da implantação de políticas de atenção integral à saúde da mulher. “Os resultados reforçam que a depressão é um transtorno comum durante a gravidez e que a investigação dos fatores de risco, o diagnóstico e o tratamento deste transtorno devem ser parte integrante do cuidado pré-natal”, afirma. “Além disso, intervenções psicossociais e políticas sociais necessitam ser implementadas nesta população”, completa Priscila.