• Edição 130
  • 12 de junho de 2008

Teses

Perfil nutricional dos portadores da Doença de Alzheimer é analisado em estudo


Tatiane Leal

A mestranda Jacqueline de Sousa Machado defende no dia 16 de junho, segunda-feira, sua dissertação “Caracterização do perfil nutricional e funcional da Doença de Alzheimer”, pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC). A pesquisa conta com a orientação da professora Eliane de Abreu Soares e com a co-orientação da professora Andrea Abdala Frank, ambas do INJC. A defesa acontece às 14 horas, no próprio Instituto, que fica no bloco J do Centro de Ciências da Saúde, na ilha da Cidade Universitária, no Fundão.

A Doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência entre os idosos. Ela se caracteriza por transtorno degenerativo progressivo e sua evolução compromete não apenas o idoso, mas também sua família e a comunidade em que ele vive. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, sendo que cerca de seis por cento delas sofrem de Doença de Alzheimer. O estudo pretende contribuir com o conhecimento da situação atual de idosos com Doença de Alzheimer freqüentadores de um Centro Dia na cidade do Rio de Janeiro, fornecendo subsídios para futuros programas de intervenção nesta população.

A pesquisadora verificou que a maioria dos idosos estava classificada no estágio leve da doença, era do sexo feminino, residia na zona sul do Rio de Janeiro e encontravam-se eutróficos. A avaliação funcional mostrou que a maioria estava independente para realização das atividades diárias. Houve uma tendência à diminuição do peso, Índice de Massa Corporal, Circunferência do Braço e Circunferência da Panturrilha conforme se agrava a doença.

A avaliação do consumo alimentar desses idosos foi considerada hiperproteica com ingestão adequada de carboidrato, lipídeos, ferro e vitamina C, sendo este último somente para o sexo feminino. Já para o cálcio, vitamina A e zinco houve ingestão insuficiente para os dois estágios da doença. O atendimento multidisciplinar junto com o envolvimento do cuidador e/ou familiares contribui para a melhora dos sintomas e qualidade de vida desses idosos com Doença de Alzheimer.