• Edição 127
  • 21 de maio de 2008

Teses

Mestranda estuda quantificação do vírus da Hepatite C

Tatiane Leal

A mestranda Luiza Hoffmann defende no dia 26 de maio a sua dissertação “Quantificação do vírus da hepatite C no soro por RT-PCR: desenvolvimento de ferramenta molecular a ser utilizada em análises eletroforéticas e em PCR em tempo real”, pelo programa de pós-graduação em Biofísica do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF). A defesa acontece às 14 horas na sala C1-020 do Centro de Ciências da Saúde, na ilha da Cidade Universitária no Fundão.

O vírus da hepatite C (HCV) representa grave problema de saúde pública mundial com aproximadamente 180 milhões de infectados e índices de 70% de chances de desenvolvimento de uma doença crônica. Os métodos de quantificação do vírus HCV são baseados na amplificação do material genético (RT-PCR) ou do sinal de hibridização (bDNA). A utilização de um controle interno que apresente propriedades similares àquelas do RNA (ácido ribonucléico) alvo e que passe por todas as fases, purificação e quantificação, juntamente com o RNA alvo, faz com que o método possa encontrar valores mais próximos dos verdadeiros.

O estudo em questão teve como objetivo desenvolver uma ferramenta molecular, um controle interno, para ser usado em ensaios de quantificação do HCV no soro e testar sua eficiência em dois métodos de quantificação com diferentes custos e infra-estrutura necessária.

A conclusão obtida foi que o método de coloração por brometo de etídio em gel de agarose e o qRT-PCR se mostraram estratégias eficientes para detectar igualmente a diferença de duas unidades logarítimicas existentes entre os soros e que o qRT-PCR, como esperavam os pesquisadores, se mostrou o mais sensível.


Pesquisa determina concentração de Mercúrio em reservatórios


Tatiane Leal

"A influência dos reservatórios artificiais no acúmulo e transporte de mercúrio" é o título da tese de Elisabete Fernandes Albuquerque Palermo, doutoranda em Biofísica pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), que apresenta sua defesa no dia 28 de maio. A pesquisa tem a orientação do professor Olaf Malm, do próprio IBCCF. A defesa acontece às 9 horas, na sala C1-007, no bloco C do Centro de Ciências da Saúde (CCS), na ilha da Cidade Universitária no Fundão.

A doutoranda determinou as concentrações de mercúrio (Hg) total, orgânico e inorgânico no sedimento, no material particulado em suspensão, no plâncton e em peixes com diferentes hábitos alimentares coletados nos reservatórios de Santana, Vigário e Lajes (no Rio de Janeiro)  e no de Tucuruí (no Pará). Os resultados demonstraram que o mercúrio inorgânico foi a principal forma química do mercúrio que entrou nos reservatórios de Lajes, Santana e Vigário. Já a região próxima à barragem desses reservatórios apresentou as maiores concentrações de mercúrio orgânico (HgOrg), provavelmente por causa da maior atividade de metilação (um tipo de reação química) nessa região.

Esse processo de metilação foi observado durante a pesquisa. Não foi observada uma diferença significativa nas concentrações de mercúrio entre os anos. Entretanto, a concentração de mercúrio nos peixes próximos da barragem de Tucuruí aumentou, o que pode ter ocorrido devido ao aumento das concentrações desse elemento na base da cadeia alimentar e também devido às alterações na composição da dieta desses peixes. As barragens favorecem mudanças no hábito alimentar dos peixes que vivem próximos aos reservatórios e essas alterações interferem na bioacumulação do mercúrio nos peixes e na transferência desse elemento na cadeia alimentar. Além disso, as barragens alteram o acúmulo e o transporte do Hg nos ambientes aquáticos e, quando a estratificação térmica e química da coluna d'água ocorre, as concentrações de mercúrio nos seres que vivem em pontos do rio próximos da barragem podem aumentar.


Terapia com células da medula óssea em corações infartados é tema de estudo


Tatiane Leal

Patrícia Fidelis de Oliveira defende a sua tese de doutorado em Fisiologia no dia 29 de maio. O estudo está submetido ao programa de pós-graduação do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) e tem a orientação dos professores Antônio Carlos Campos de Carvalho e Regina Coeli dos Santos Goldenberg, ambos do IBCCF. A defesa acontece às 8 horas, na sala C1-020, no bloco C do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que fica na ilha da Cidade Universitária no Fundão.

Os mecanismos relacionados à melhora funcional cardíaca após injeção de células mutipotentes mesenquimais estromais (células tronco) de medula óssea (MSC) em corações infartados ainda não estão completamente claros. O objetivo da pesquisa de Patrícia Fidelis foi investigar se fatores solúveis secretados pelas MSC poderiam promover cardioproteção in vivo e se essa cardioproteção envolvia um efeito parácrino, ou seja, o suprimento da necessidade de um conjunto de células adjacentes por uma grande concentração de hormônios sem comprometer outras células do corpo com uma possível toxicidade. Isso evitaria a apoptose, que é um tipo de auto-destruição da célula.

Os dados obtidos pelos pesquisadores após os testes mostram que fatores solúveis secretados in vitro pelas células mutipotentes mesenquimais estromais de medula óssea promovem cardioproteção in vivo e que portanto esse mecanismo parácrino via ação anti-apoptótica pode estar envolvido na melhora funcional após terapia com essas células.