• Edição 124
  • 30 de abril de 2008

Cidade Universitária

Esporte e lazer na Cidade Universitária

Marcello Corrêa e Seiji Nomura

No último fim de semana, a Ilha da Cidade Universitária recebeu a II Etapa do Campeonato Estadual de Ciclismo. O evento foi promovido pela Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro e teve total apoio da UFRJ, por meio da Escola de Educação Física e Desportos e das divisões de Redes Hidráulicas e Elétricas e de Segurança da Prefeitura Universitária (DIRED e DISEG).

Esse foi apenas um dos eventos esportivos realizados no campus. De fato, a Ilha nos finais de semana é amplamente utilizada pela população do entorno, principalmente da zona da Leopoldina. Segundo o Hélio de Mattos, a Cidade Universitária equivale ao aterro do Flamengo durante os finais de semana. “Cerca de cinco mil pessoas praticam esportes aqui dentro, entre futebol, pesca, vela, caminhada, aeromodelismo, entre outras atividades”, informa o prefeito, ressaltando que todo o apoio logístico é garantido pela Prefeitura Universitária.

Aeromodelismo

No campo do aeromodelismo, o campus ostenta uma posição de destaque. Para Marcos Gusmão, representante da prefeitura em aeromodelismo, a Ilha é, sem dúvida, uma ótima alternativa de lazer na região. “Não tem como abrir mão de uma área como essa. É um local seguro e em uma distância legal para todo mundo”, avalia Gusmão, que utiliza o local frequentemente para a prática de esportes.

Especificamente no campo do aeromodelismo, Marcos Gusmão é categórico: não há lugar melhor no Rio de Janeiro. Ele explica que há outros locais para a prática do esporte, mas o fato de se localizar na saída de duas das principais linhas expressas da cidade (Amarela e Vermelha), é determinante.

Desde 2004, modelistas de diversas especialidades (aeromodelismo, automodelismo, entre outras) se reúnem em eventos na área verde atrás do prédio da Reitoria, no campus da Cidade Universitária. A Associação de Modelismo dos Amigos da UFRJ (AMA/UFRJ) foi criada por modelistas profissionais, confirmando a avaliação de Marcos Gusmão.

Além disso, Marcos Gusmão ressalta a disponibilidade de outros locais para a prática de esportes, como os campos de futebol localizados atrás do prédio do Centro de Ciências da Saúde e do Alojamento Universitário.

A Escola de Educação Física

Já para Waldyr Mendes, diretor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), ainda há muito que investir, para o esporte ser devidamente valorizado na Universidade. “O campus tem um grande potencial muito bom, mas precisaria haver um investimento em alguma infra-estrutura para que a população pudesse usufruir de uma maneira melhor”, analisa o professor. Segundo ele, as atividades que ocorrem nos finais de semana são desordenadas e muitas vezes não acontecem em áreas esportivas planejadas.

De acordo com Mendes, é preciso investir mais em infra-estrutura, para que o lugar se torne mais agradável. Para ele, esse é um interesse não só da UFRJ, mas da própria Prefeitura do Rio de Janeiro, já que se trata de uma importante área de lazer para a população como um todo. “Esse é um dos poucos espaços, talvez o único, com área verde, disponível para a população da Leopoldina. Isso deveria envolver não só a UFRJ, mas também da Prefeitura do Rio de Janeiro, com o sentido de ampliar os espaços de lazer para a população de uma forma geral”, opina o professor.

A EEFD, atualmente, desempenha projetos considerados pelo diretor como pequenos. Entre eles está o Comunidança (aulas de dança abertas) e aulas de natação. Segundo Waldyr Mendes, a estrutura física da Escola deixa a desejar e impede que projetos como esses sejam ampliados.

Valorização do esporte e cultura

O diretor considera o esporte, bem como a cultura de uma forma geral, importantes fatores para a construção de profissionais. De acordo com ele, o trabalho que já é feito junto à comunidade nos fins de semana poderia ser otimizado, com uma maior atenção a políticas fomentadoras. “Precisamos ter políticas específicas para isso, criando quadros próprios para que essas atividades tenham sua manutenção perene”, afirma o diretor. “É necessário criar um ambiente cultural dentro da Universidade, para que a própria comunidade universitária possa ser consumidora e difusora desses elementos”, concluiu Waldyr Mendes.