• Edição 123
  • 24 de abril de 2008

Microscópio

II Congresso de Pediatria da UFRJ

Priscila Biancovilli

Entre os dias 15 e 17 de maio, diversos setores dentro e fora da universidade se unem na realização do II Congresso de Pediatria da UFRJ. Participam da organização o departamento de Pediatria e Anatomia da Faculdade de Medicina, o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), o Instituto de Psiquiatria, a Maternidade Escola, o Hospital Universitário e a Escola de Belas Artes. De fora da UFRJ, há a participação do Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ), e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).

- Pediatras de todo o nosso Estado, além de ex-alunos do IPPMG espalhados por todo o Brasil são o público que buscamos atingir -, explica Maria de Fátima Coutinho, presidente da SOPERJ e Secretária Geral do Congresso. Entre as atividades do evento inclui-se uma extensa programação científica, além de trabalhos científicos que podem ser apresentados por todos os participantes inscritos. Este segundo grupo inclui dissertações de mestrado, teses de doutorado e projetos de pesquisa em geral, voltados para a área infantil. “Qualquer profissional de saúde pode apresentar seus trabalhos. No entanto, existe um diferencial na seleção destes projetos em relação a outros congressos de pediatria. Não aceitaremos relatos de caso clínico, mas daremos preferência a projetos e programas voltados à saúde pública”, continua a Secretária.

A expectativa é que cerca de 1.500 pediatras participem do evento. No 1º Congresso, realizado em maio de 2005, 1.100 profissionais de saúde compareceram.

Humanização do atendimento pediátrico

Este 2º Congresso contempla uma abordagem diferenciada, se comparada ao primeiro. “Desta vez, direcionamos nossos esforços para o debate sobre a humanização do atendimento pediátrico. A tendência do jovem estudante de medicina nos dias atuais é se direcionar muito para as novas tecnologias. Percebemos este tipo de fascínio. Acontece, porém, que a tecnologia é um complemento da abordagem, que não substitui de forma alguma a relação humana”, esclarece Maria de Fátima.

De acordo com os organizadores do projeto, o lado emocional do paciente exerce uma influência enorme em sua vida, sendo parte decisiva para a manifestação ou recuperação de doenças. “Hoje, os médicos acreditam mais numa imagem de Raio-X do que nas conclusões de uma conversa com o paciente”, afirma a Secretária. “É fundamental a análise psicossocial daquele indivíduo, para que se entenda melhor a manifestação de doenças orgânicas. Hoje os médicos se preocupam muito com avaliação orgânica pura, e se desligam da atenção que o lado emocional merece”, continua.

Apesar da Humanização Pediátrica também integrar os debates no 1º Congresso, não constituía o objetivo central do evento. Esta centralidade busca atender à atual demanda de saúde da população infanto-juvenil, que necessita de um contato mais humano.

Destaques

Entre os destaques do evento está a participação do professor Antônio Ledo (diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ), que apresentará uma conferência sobre o tema “Propostas da Organização Mundial de Saúde para antigos problemas”; Antônio Celso Calçado (presidente do Congresso), dará palestra no curso “Gastroenterologia para o Pediatra”, além de organizar diversas mesas e conferências; Alexandra Araújo (chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ), participante de mesa “Transtornos do Desenvolvimento” e do curso “Transtorno do Déficit de Atenção, Hiperatividade e Impulsividade”; Marcelo Land (diretor do IPPMG), participará de mesas redondas, e Fátima Coutinho (presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro), apresentará uma mesa sobre transtornos alimentares.

O evento acontece no Hotel Glória – rua do Russel, 632, e as inscrições podem ser feitas no site: http://www.gapcongressos.com.br/pediatriaufrj.