• Edição 107
  • 14 de novembro de 2007

Saúde em Foco

Boa prevenção é o segredo

Mariana Land

O Brasileiro Master reunirá, em uma só competição, atletas que têm mais de 35 anos até aos que têm mais de 75. A preocupação com o preparo físico e lesões se faz presente.

Para orientação de preparação e prevenção de lesões, foi entrevistado o ortopedista Gustavo Fialho, formado pela UFRJ e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Uma das principais afirmações de Gustavo foi de que a idade não é fator fundamental no condicionamento dos atletas.

Aqueles atletas que já vem jogando freqüentemente, mesmo que por hobby, mantendo um constante exercício, a preparação deve ser focada na explosão da força física, trabalhos com carga (musculação) e bastante repouso. Apesar de não estarem participando de competições, o hábito esportivo é a base para um bom desempenho.

“Se o jogador tem alguma atividade constante e mantém o preparo físico, ele terá condições de disputar os jogos com tranqüilidade. Há muitos idosos que estão em excelente forma, por manterem o hábito esportivo”, disse o ortopedista.

Para aqueles que estão parados há algum tempo, o preparo deve ser mais específico. A preocupação deve ser principalmente com a condição cardiorrespiratória, sendo analisado o perfil cardiológico e realizada uma prova de força com esses atletas.

O alongamento antes de todas as partidas é fundamental na prevenção de problemas. O cuidado com a fadiga dos atletas deve ser grande, pois apesar de estarem ativos, os atletas estão mais propensos a lesões por estresse do que atletas mais jovens. Junto a isso, existe a preocupação com dores. Qualquer surgimento de dor, o atleta deverá ser imediatamente afastado, para que possa ser feita uma avaliação.

Também é necessária uma alta rotatividade dos atletas, colocando-os para descansar o maior tempo possível. Os técnicos devem utilizar bastante os reservas para evitarem uma sobrecarga de um atleta. Como não há tempo para treinar durante a competição, a atenção deve ser redobrada em relação a qualquer surgimento de dor de algum jogador.

No vôlei, o principal foco de lesões é o ombro. Toda movimentação dos braços durante a partida envolve dois ossos principais, o úmero e o acrômio, que são amortecidos por um músculo altamente flexível chamado supra-espinhoso. Com a idade, a flexibilidade vai se reduzindo e a propensão para alguma lesão torna-se maior.

Durante a competição, a CBV disponibilizará médicos, massagistas e fisioterapeutas, além de ambulâncias e todo o material necessário.

 

Impresso Jornal dos Esportes, 14 de novembro, Editoria Especial