• Edição 093
  • 09 de agosto de 2007

Cidade Universitária

Falta de educação no trânsito causa problemas para a DISEG


Marcello Henrique Corrêa

Diariamente, alunos e funcionários da UFRJ estão acostumados a ver circular as patrulhas da Divisão de Segurança da Prefeitura (DISEG). O departamento é responsável pela vigilância do espaço universitário, mantendo a ordem e solucionando os possíveis problemas.

Atualmente, a divisão vem percebendo um problema bastante diferente de assaltos ou roubos: os acidentes de trânsito. Segundo Leandro Souza Buarque, diretor da DISEG, o problema vem crescendo desde o recapeamento do asfalto da cidade. “As pessoas passaram a dirigir mais rápido, por causa do asfalto melhor, e causando mais acidentes”, explica Leandro.

O comprometimento da divisão com o controle do trânsito, apesar de não ser uma atribuição costumeira da DISEG, é uma necessidade, visto que o trânsito também é uma responsabilidade da prefeitura.

Para Leandro, o principal problema relacionado ao trânsito é o excesso de velocidade. “Não há uma sinalização de limite de velocidade, mas ainda que tenhamos, se não apresentarmos algum meio coercitivo acabamos vendo as pessoas ultrapassarem esse limite porque não há uma fiscalização. Se for tomada uma medida nesse sentido, como a lombada eletrônica, sabemos que não é uma medida que agrade à comunidade, mas temos que ver o maior bem, que é a vida”, sublinha Leandro.

O diretor acredita nas medidas educativas como a principal solução. “A intenção da prefeitura não é criar nada para multar ninguém. É necessário fazer campanhas educativas periodicamente para educar os novos motoristas e reciclar os antigos.”

A DISEG enfrenta alguns problemas que já causam sérias preocupações. Segundo o diretor, as viaturas já estão desgastadas. São veículos com uma rodagem muito grande. Para isso, a DISEG está buscando soluções: “estamos adquirindo novas viaturas para somar as menos rodadas para renovar a frota”, relata Leandro.    

Entretanto, a aquisição de novos veículos não resolve o problema. A falta de efetivo é um entrave para o funcionamento da divisão. Leandro acredita que um maior número de concursos públicos ajudaria a resolver o problema da demanda de profissionais.

O que era um problema no ano passado, chamado de “câncer” pelo diretor, pode hoje ser motivo para comemoração. A diminuição do número de furtos de carro pode ser considerada um avanço do trabalho da divisão. Leandro atribui o fato à implantação das câmeras no campus. Porém, o diretor afirma que apenas a instalação de equipamentos de segurança, como as câmeras, não resolve o problema sozinho. “A câmera não dá voz de prisão, não agarra, a câmera somente enxerga.”, explica Leandro.

O diretor deixa algumas dicas para quem circula pelo campus. Leandro recomenda aos estudantes, funcionários e à comunidade de um modo geral que não percorra grandes distâncias a pé e sozinho. Optar pelos ônibus gratuitos é sempre uma boa idéia. Ter cuidados com os pertences, desde mochilas até carros, também é recomendado pelo diretor da divisão. Além disso, ligar para o telefone de emergência (2598-1900) é uma ajuda bem-vinda ao trabalho da DISEG.