• Edição 081
  • 17 de maio de 2007

Cidade Universitária

UFRJ de olho nas placas

Kareen Arnhold da Agência de Notícias UFRJ – Base CT

A Prefeitura da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolve um Plano de Segurança para o campus da Ilha do Fundão. De acordo com Ivan Carmo, vice-prefeito da cidade universitária e responsável pelo projeto, o objetivo é garantir a tranqüilidade dos alunos, professores, funcionários e transeuntes que circulam pela UFRJ.

Entre tantas medidas de segurança, como novos equipamentos, guaritas, vigilantes e carros para ronda, ganha destaque o monitoramento eletrônico de placas de veículos para controle de acesso ao campus. Tal programa de controle é constituído por um sistema de captura de imagem e reconhecimento automático de placas, e um módulo de serviço para consulta e manutenção da base de dados, em que os carros são cadastrados e têm seus registros armazenados.

O sistema utilizado pelo programa de monitoramento é o Kapta, concebido em 2005 pelo Laboratório do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do Instituto de Matemática da UFRJ (IM/UFRJ). Ele funciona da seguinte forma: sensores instalados no chão acionam a câmera que fotografa a placa dos veículos; esta placa passa por um reconhecimento automático, indicando ao vigilante da cabine (por meio de uma interface gráfica que mostra a figura do carro e seus dados) se o automóvel é cadastrado ou não. Após a verificação, se tudo estiver correto, o sistema aciona a cancela automaticamente.

O Kapta já funciona nas três entradas do campus (Linha Amarela, Hospital e Prefeitura). No entanto, por estar em período de teste, o sistema ainda não está associado à sala central de controle de segurança (localizada no Bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ), assim como ainda não dispõe das cancelas, previstas ainda para este ano. “Estamos fazendo ajustes para implantarmos completamente o sistema com erros mínimos”, afirma Antonio Carlos Gay Thomé, coordenador do Laboratório de Projetos do DCC.

Motivo de orgulho para a universidade, tanto por ser uma tecnologia inédita - nenhuma outra universidade do Brasil tem este sistema, nem implantado nem sendo desenvolvido – quanto por gerar oportunidade para alunos da UFRJ desenvolver seu potencial, o sistema, “além de ser um projeto importante para a comunidade universitária (por investir em segurança), também é interessante sob a perspectiva da instituição, por dar oportunidades de estágio para os alunos em algo prático, em que se pode ver os resultados imediatos”, afirma Thomé.

Para Henrique Oscar Duran Lira, ex-aluno de graduação da UFRJ e mestrando em Sistemas Inteligentes pelo Núcleo de Computação Eletrônica do IM (NCE/IM/UFRJ), está sendo válido participar do projeto, porque, geralmente, em estágios, o estudante fica distante do que aprendeu na faculdade: “aqui é um estágio aplicado; nós fazemos, sim, pesquisas, mas vemos na prática o que estamos produzindo”.

Um desdobramento interessante do sistema, a ser posto em prática futuramente, é sua versão móvel, com a possibilidade de monitorar o fluxo em qualquer ponto do campus. Neste caso, computador, câmera e sistema, serão abrigados no veículo de vigilância, que estará em ronda nas ruas da cidade universitária.