• Edição 079
  • 03 de maio de 2007

Cidade Universitária

Projeto une Ponto de Integração de ônibus à Praça de Alimentação

Julianna Sá

Mais uma obra está prevista para o plano de reurbanização da Cidade Universitária, localizada na Ilha do Fundão. O objetivo é sintetizar em um só local um terminal de integração de ônibus à uma nova Praça de Alimentação, reduzindo o engarrafamento na saída do campus e realocando os quiosques situados próximo ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que atualmente estão em péssimas condições. Tanto o projeto executivo quanto o memorial descritivo foram desenvolvidos pelos arquitetos Ivan Carmo e Felipe Souza, da Prefeitura Universitária, em união com os alunos do Programa de Engenharia de Transportes ( PET ) da Coppe.

Explicando a origem do projeto, o vice-prefeito Ivan do Carmo indicou que tudo foi feito em função de dois problemas que atingem a Cidade Universitária e as pessoas que por ela circulam: "Uma das questões é de nossa responsabilidade e a outra seria de resolução da Prefeitura do Rio de Janeiro mas, como somos os maiores prejudicados, estamos tentando solucioná-la também." Os problemas mencionados por Ivan, um dos responsáveis pelo projeto, são os de transporte, existentes dentro e fora do Fundão para os freqüentadores do campus, e a situação dos traillers localizados em torno do Hospital Universitário.

– O ponto de ônibus situado na Linha Vermelha engarrafa o trânsito todo o dia no fim da tarde dentro da Cidade Universitária, já que é muito próximo à saída do campus. O problema já foi observado e constatamos que o acúmulo de vans e ônibus no local é o verdadeiro entrave para o fluxo de carros. Apesar de não termos real responsabilidade pelo problema, ele afeta principalmente a comunidade da Cidade Universitária e é por isso que nos envolvemos –, destaca o vice-prefeito.

Outro aspecto motivador da obra, que é a praça de alimentação, pretende reorganizar os quiosques, oferecendo maior estrutura à associação dos traillers, que não hesitou em se transferir, já que o intuito é melhorar as condições de trabalho deles.

– Não podemos nem mesmo qualificar como uma praça de alimentação o aglomerado de traillers localizados próximo ao Hospital Universitário, já que as condições do local são péssimas e de reconhecimento, inclusive, dos proprietários dessas barracas. A estrutura, tanto física quanto higiênica, é bastante baixa. Uma nova Praça de Alimentação será muito mais atrativa para o público, o que facilitou bastante a negociação –, complementa Ivan do Carmo.

Além dos dois problemas, foi identificada também a perda, em função da movimentação interna, de algumas linhas de ônibus que passam pela Av. Brigadeiro Trompovsky e não entram na Cidade Universitária. Deixando os passageiros na Linha Vermelha, obrigam os ônibus internos a pegar e levar a pessoa ao destino desejado que, geralmente, é o HUCFF ou IPPMG, para fazer consultas médicas. O caminho, um pouco longo, é muitas vezes feito à pé. O objetivo é extinguir o ponto, fazendo com que os ônibus entrem na Cidade Universitária até o terminal projetado para que de lá os passageiros possam pegar o ônibus exclusivo da universidade.

– No campus temos uma área disponível que atenderia as necessidades expostas. O que pretendemos é utilizar esse espaço para abrigar uma nova praça de alimentação incorporando uma espécie de terminal onde devem ficar os ônibus de circulação interna e exclusiva da universidade; nenhuma outra linha vai fazer ponto final lá, somente o nosso. Na verdade é um ponto de integração que acabaria com a parada de ônibus da Linha Vermelha, fazendo com que todos esses veículos que passam por ela entrem até o IPPMG, atendendo tanto ao público, quanto às empresas de ônibus, já que eles não perderiam mais tempo no engarrafamento na saída –, destaca Ivan.

Para os passageiros, a vantagem vai ser unir certo conforto na espera do ônibus podendo fazer um lanche no intervalo de espera. O ponto da Linha Vermelha não apresenta condições para suportar muitas pessoas, já que tem um espaço reduzido, com um degrau de acesso excessivamente alto, não apresentando também segurança. A nova área integraria segurança e conforto para a espera do ônibus, e conveniência para lanchar durante esse tempo, trazendo benefícios à todos.

A idéia já é antiga, mas o projeto, que foi concluído recentemente, depende de alguns acertos que são feitos por uma comissão exclusiva criada pela Comissão de Desenvolvimento do Conselho Universitário para definir os rumos da questão. Uma reunião será feita ainda nesta quinta-feira, 3 de maio, para que seja dado um parecer.