• Edição 075
  • 12 de abril de 2007

Cidade Universitária

Horta comunitária da PU é terapia para funcionários

Amanda Wanderley, da Agência de Notícias - Praia Vermelha

O projeto “Aqui vai ser bom colher o que se planta”, da Prefeitura Universitária (PU) vem contribuindo para que os funcionários da Prefeitura, envolvidos no programa, além de aprenderam noções de educação ambiental, geração de renda e inclusão social, possam cultivar o próprio alimento e fortalecer o vínculo afetivo entre eles.

O projeto, que faz parte do Programa Eco-Social da prefeitura, foi idealizado pela geógrafa Maria Aparecida Inez Moreira Moraes, com o incentivo do prefeito da UFRJ, professor Helio Mattos. Segundo ela, o projeto é uma oportunidade de transformar as áreas ociosas do campus, que servem como reservatórios de lixo e entulho, em canteiros de alimentos, hortaliças, temperos e ervas medicinais.  Para Aparecida, a redução de impactos ambientais é mais um dos benefícios que as hortas trazem, “em um país onde a fome é resultado de políticas injustas de má distribuição de alimentos, as hortas surgem como uma prática capaz de reduzir a fome e a subnutrição”, complementou.

O cultivo do próprio alimento foi o motivo inicial para a boa popularidade da horta comunitária entre os funcionários da prefeitura. O que eles não sabiam é que a iniciativa se revelaria como terapia para aqueles que sofrem de estresse, dependência química, depressão e distúrbios psíquicos. Ricardo Fonseca, 37 anos, servidor da universidade há 17 anos esteve internado em um hospício, desde janeiro deste ano, ao receber alta passou a trabalhar no programa Eco-Social. “A horta me ensina a cuidar da terra, esqueço os problemas da vida, me sinto aliviado”, revelou o trabalhador. Exemplos como esse aumentam o sonho de Maria Aparecida de promover hortas comunitárias em outros centros da UFRJ.