• Edição 067
  • 11 de janeiro de 2007

Notícias da Semana

UNE faz evento no Rio

Julia Paula - Agn. Praia Vermelha

O Rio de Janeiro será sede da 5º Bienal de Arte Ciência e Cultura, da União Nacional de Estudantes (UNE), realizada entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro. O tema deste ano é Brasil-África: um Rio chamado Atlântico”, sua proposta é colocar em questão a relação histórica entre os dois países e a contribuição africana na cultura brasileira.

A 5ª Bienal é o início das comemorações dos 70 anos da UNE.  O Festival homenageará duas personalidades brasileiras ligadas ao movimento estudantil: Abdias Nascimento e Zózimo Bubull. Para Abdias Nascimento, referência na luta pela preservação e difusão da cultura africana no Brasil, será montada a exposição "Abdias Nascimento: 90 anos de memória viva". Já Zózimo Bubull, cineasta, roteirista e produtor, ganhará uma mostra dedicada à sua obra.

Durante a Bienal serão apresentados trabalhos desenvolvidos por estudantes, de nível médio e universitário, de todo Brasil. Os projetos apresentados estão divididos por temas: literatura, música, artes cênicas, ciência e tecnologia, artes visuais e cinema e vídeo. A coordenação do evento estima que cerca de 10.000 estudantes cariocas e 5.000 estudantes de fora do Rio visitarão a Bienal

Segundo Luis Parras, coordenador cultural da 5º Bienal, o evento é formado por três eixos principais: “a mostra universitária, as mostras dos projetos do Circuito Universitário de Cultura e Arte e o Espaço Lado C”. Para a mostra universitária foram selecionados 220 projetos, sendo quase a metade pertencente à área de ciência e tecnologia. A Bienal conta ainda com o “Espaço Lado C”, seção da bienal destinada à apresentação e visitação de projetos de arte e cultura desenvolvidos por comunidades carentes.

Os autores dos trabalhos selecionados ganharão registros da Bienal. Esse material será composto por um CD com algumas das músicas que participarão da Bienal, um DVD com a coletânea da mostra de vídeos e cinema, um catálogo de resumo dos projetos de artes cênicas e de artes visuais e dois livros, um, com os trabalhos de literatura e, outro, com os de Ciência e Tecnologia.

A Lapa será o palco principal do festival. As atividades serão realizadas na Fundição Progresso, no Anfiteatro da Lapa, no Circo Voador, entre outros. Segundo Luis Parras, existe um simbolismo por trás da escolha dessa região: “o bairro tem tradição de boêmia, de samba e também é um bairro importante na história dos negros brasileiros”.

Para participar do festival é necessário fazer um credenciamento que será realizado a partir do dia 27 de janeiro, na Fundição Progresso, e que dará acesso a todas as atividades da Bienal. Mais informações consulte o site www.une.org.br/bienal .