• Edição 061
  • 09 de novembro de 2006

Cidade Universitária

Prefeitura investe na reciclagem do lixo produzido no Fundão

Encontrar um destino sustentável para o todo o lixo e esgoto ainda é um desafio imposto à sociedade. Muitas vezes, o envio de resíduos para um aterro sanitário torna-se a maneira mais prática de solucionar a questão, mas esta via nem sempre se mostra a mais econômica, a mais segura, ou a melhor escolha no aspecto ambiental. Pensando nisso, o Grupo de Estudos em Tratamento de Resíduos Sólidos (GETRES), da COPPE, coordenado pelo professor Claudio Mahler, desenvolveu uma unidade de compostagem do lixo.

Esse processo consiste em um conjunto de técnicas aplicado para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados nas matérias primas. “O que é considerado resíduo, é transformado em insumo, que pode ser utilizado na fertilização agrícola do solo”, destacou o professor.

A idéia é que a unidade de compostagem, estruturada pela equipe do GETRES, receba todo o resíduo orgânico gerado pelo restaurante do CENPES, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás, localizado dentro da Ilha do Fundão, e transformá-lo em composto orgânico. Esse produto “promove a melhoria da estrutura do solo, aumentando sua capacidade de absorção e armazenamento de água; e favorecendo a fixação dos nutrientes. Em função da matéria prima e do processo inovador, o resultado será a produção de um adubo de altíssima qualidade, um produto precioso, que poderá ser utilizado no Campus”, ressalta o professor Mahler.

A Prefeitura Universitária, que também terá a sua própria central de compostagem, já forneceu o espaço para a intalação da Usina do CENPES. O projeto já está em funcionamento, utilizando um sistema de menor escala, porém muito interessante e barato.

É importante lembrar que a compostagem traz, de uma forma geral, benefícios para todos, pois permite a inutilização dos aterros sanitários, para onde seria enviado o lixo; contribuindo, assim, para o aumento da sua vida útil. A Cidade Universitária poderá utilizar o composto em seus jardins, canteiros, vasos de plantas ornamentais e nas áreas de solo nu, mais susceptíveis à erosão. Além disso, a presença de uma unidade de compostagem dentro do campus, contando com facilidades para o monitoramento do sistema e da produção do composto orgânico, favorecerá a evolução do conhecimento em relação ao processo e as questões relacionadas a qualidade do produto.