• Edição 053
  • 14 de setembro de 2006

Notícias da Semana

Semana dedicada à Biologia na UFRJ

Isabella Bonisolo e Mariana Elia

A X Semana de Biologia da UFRJ, organizada pelo Centro Acadêmico dos Estudantes do Instituto de Biologia (CABio) aconteceu de 11 a 15 desse mês e contou com algumas parcerias importantes, o que culminou na realização simultânea do II Encontro de Botânica da UFRJ e da IV Semana de Biologia da Unirio no mesmo período.

A semana, que visa a troca de experiências entre os estudantes, contou com a participação da diretora do Instituto de Biologia da UFRJ, professora Maria Fernanda Quintela Nunes, da coordenadora de Graduação, professora Benedita Aglai, do representante dos técnico- administrativos, Jorginaldo William, e de uma das organizadoras do evento, a estudante Ana Carolina Paiva. A diretora, Maria Fernanda relembrou a época do surgimento da Semana de Biologia, em 1996, organizada pelo ex-aluno Jorge Luiz Nascimento. Salientou ainda que o que parecia uma pequena idéia resultou em um momento único de troca de experiência e de possibilidade de ouvir pesquisadores de Biologia de todo o país.

A primeira palestra, com Ulysses Garcia, professor do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes (IMPPG) da UFRJ, foi sobre Microorganismos magnéticos: Biologia, Ecologia e Biotecnologia. A explanação girou em torno do comportamento biológico em campos magnetizados, como o de arraias, tubarões e tartarugas. “Parece que o campo magnético terrestre interfere na localização das tartarugas no oceano”, exemplifica o professor.

As palestras ministradas por professores dos Institutos de Biologia, Bioquímica Médica e Biofísica, além de Abel González, professor do Museu Nacional, giraram em torno da Biodiversidade e das características específicas de alguns organismos, como os fitoplânctons marinhos, apresentada pela professora do Instituto de Biologia, Denise Tenenbaum (inserida também na programação do II Encontro de Botânica da UFRJ). O professor da Universidade de São Paulo (USP), Jean Paul Metzger, apresentou o projeto realizado na região do Planalto de Ibiúna, em São Paulo, sobre as conseqüências da devastação da Floresta Atlântica.

Na sexta-feira, 15, ocorre, além do encerramento da X Biossemana da UFRJ, o II Encontro de Botânica da UFRJ. Com o objetivo de promover a interação entre estudantes de graduação e pós-graduação, além de grupos de pesquisas e laboratórios, a equipe organizadora, coordenada pelas professoras Maria Teresa Menezes de Széchy, do Instituto de Biologia, e Mariângela Menezes, do Museu Nacional, reservou um dia para apresentação de trabalhos de alunos e palestras dos professores Denise Tenembaum e Rui José Válka Alves, do Departamento de Botânica do Museu Nacional. O evento se  encerra com uma feira botânica.


Reflexões sobre qualidade de vida

Mariana Borgerth, da AgN UFRJ/Praia Vermelha

O Forum de Ciência e Cultura da UFRJ apresentou no dia 12 de setembro a I jornada de Envelhecimento e Atividade Física. O encontro refletiu sobre a qualidade de vida do idoso. O centro das discussões foram os fatores relacionados com a queda da própria altura.

Durante a palestra Praticando atividades e prevenindo as quedas, os professores Edmundo de Drummond (da UFRJ), André Favre (da Uniesa) e Lílian Fernandes (da UFF) defenderam a valorização da qualidade vida. Segundo o Código Civil brasileiro é considerado idoso, a pessoa com mais de 60 anos. Porém, o organizador do evento, Edmundo de Drummond (da UFF), defende que isso é uma forma de segregação da sociedade.

O convidado André Favre, coordenador do grupo Fisiologia do Exercício, em Petrópolis, afirmou que durante o processo de envelhecimento a perda da força muscular, o maior tempo de reação a um estímulo e a diminuição da acuidade visual são algumas alterações que acontecem no organismo que podem levar a perda do equilíbrio e conseqüentemente à queda.

A professora Lílian Fernandes, coordenadora do Laboratório de Biomecânica da UFRJ, trabalha no acompanhamento de paciente e afirma que existem diversos tipos de exames capazes de ajudar no tratamento antes e depois da queda para que o paciente não perca a sua autonomia.

Durante o encontro eles defenderam que a melhor maneira de se prevenir contra acidentes é fortalecer o corpo através da prática de atividades físicas. Porém o Edmundo de Drummond destacou que o esporte deve ser colocado com uma opção ao idoso. “O que se deve fazer é fornecer informações sobre os benefícios da atividade física”, afirmou o professor.

Drummond é coordenador do grupo Envelhecendo sem Tropeços, localizado no Departamento da Educação Física e Desportos da UFF, que tem como objetivo informações sobre qualidade de vida para idosos e promover a integração social. O centro também oferece atendimento a pacientes com conseqüências de quedas.

Segundo Drummond a população mundial está envelhecendo e é preciso refletir sobre como a sociedade está se preparando para receber esta realidade. “A previsão para 2050 é que em países como Espanha e Itália, a população maior de 60 anos será metade da população”.