• Edição 046
  • 27 de julho de 2006

Notícias da Semana

CCS recebe calouros

Mariana Granja e Mariana Elia

A recepção dos calouros dos cursos de Medicina, Fonoaudiologia e Fisioterapia ocorreu durante esta semana em diversos locais do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Na segunda-feira, 24, primeiro dia dos novos alunos na Universidade, eles foram recebidos no auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão) pelo diretor da Faculdade de Medicina, professor Antônio Ledo, pelo vice-diretor professor José Marcus Eulálio, pelo coordenador do curso de Medicina professor Lúcio Souza, pela professora Leila Nagib, coordenadora do curso de Fonoaudiologia, por Cícero Andrade, coordenador do curso de Fisioterapia, e por Marly Serzedello, assessora de graduação da Faculdade de Medicina.

Os alunos receberam boas-vindas e muitos parabéns por terem passado para os cursos pretendidos, principalmente o de Medicina, o mais concorrido dentre os oferecidos pela UFRJ. Também foram lembrados de sua responsabilidade, pois, segundo o professor Antonio Ledo, “é uma grande responsabilidade estar como aluno em uma universidade que é de boa qualidade, pública, federal e mantida pelo povo brasileiro”. Mas o principal ponto do encontro foi apresentar aos novos estudantes a importância e a grandiosidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e isso foi feito pela professora Alice Reis Rosa e pela vice-reitora Sylvia Vargas.

A professora Alice, parafraseando o escritor Jorge Luis Borges, onde diz que a vida é feita de momentos, mostrou que a presença dos alunos ali era um momento importante, de confraternização e alegria, mas que teriam também muitas horas de estudo e trabalho pela frente. Ela atentou para o fato da existência da universidade ser a mistura dos que sabem com os que têm vontade de aprender, e frisou que a relação profissional x paciente deve ser de respeito e confiança. “A ciência serve para tratar a doença e a afeição é necessária para tratar a pessoa que adoeceu”. Acrescentou que esse tipo de tratamento é essencial, e deve começar a ser praticados o quanto antes, desde a atitude na hora do “trote” até o respeito ao juramento feito na formatura, cumprindo o compromisso de atender da melhor forma possível os doentes, com paciência e humanismo.

A professora Sylvia Vargas, por sua vez, apresentou aos calouros a grandiosidade da UFRJ, explicando que “a universidade é um conjunto de pesquisa, ensino e extensão” e informou que apenas o campus da Ilha do Fundão possui uma área do tamanho dos bairros de Ipanema e Leblon juntos. “A UFRJ tem 30 mil alunos da graduação e 10 mil da pós-graduação, tem alojamento, ainda que insuficiente, e possui, além do campus do Fundão, o da Praia Vermelha e unidades isoladas, como o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e a Escola de Música. Além disso, ainda possui o Colégio de Aplicação (CAp) e o Museu Nacional”. Por fim, a vice-reitora apresentou dados referentes à qualidade dos cursos da universidade, que obteve em 80% deles o conceito A, além do fato de que a Faculdade de Medicina é considerada a melhor do país.

O segundo dia da recepção aos calouros ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), e teve além da presença do diretor e vice-diretor da Faculdade de Medicina, o professor Alexandre Pinto Cardoso, diretor do HUCFF, o chefe do Departamento de Cirurgia professor Nelson Jamel e o chefe do Departamento de Clínica Médica professor Afrânio. Nesse encontro com os calouros, o professor Alexandre explicou que “o objetivo do HUCFF é fazer ensino e pesquisa, e a assistência prestada ocorre porque é impossível separá-la do restante”. Também apresentou as dificuldades que o Hospital Universitário passa, pois não recebe verba do Ministério da Educação. “O dinheiro que recebemos para manter o Hospital Universitário vem de acordos que fazemos com o Sistema Único de Saúde (SUS)”.

O papel dos estudantes é, para o professor Alexandre Cardoso, essencial na vida da UFRJ e do Hospital Universitário. “Queremos um hospital que seja procurado por todos pela sua qualidade, e os estudantes são importantes na medida em que servem como auditores de qualidade. Eles, ao mesmo tempo em que contribuem, deixam um pedaço nosso com eles. Assim, nos deixam melhores e saem melhores daqui”, diz.

As atividades para os alunos da Faculdade de Medicina permanecem ao longo da semana coordenadas pelo Centro Acadêmico Carlos Chagas (CACC), entretanto, na quarta-feira o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) abriu suas portas para os novos estudantes. O diretor Antônio Ledo, o professor Roberto Medronho, chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina, o professor Lúcio Pereira de Souza, coordenador de graduação da Faculdade de Medicina, e a professora Maria de Fátima March, pneumologista do Departamento de Pediatria, apresentaram o Instituto e procuraram instigar os jovens quanto a importância da profissão do médico. “Este é o ofício mais nobre, mais confiável e respeitável que existe. Nós temos que atender essa solicitação”, disse o professor Roberto Medronho, que destaca a medicina hoje organizada não só de diagnóstico e tratamento, mas também de medidas preventivas, cada vez mais importantes.

O programa de iniciação científica também foi apresentado, considerado pelo professor Roberto como a melhor forma de aprender a pensar e questionar problemas da área de saúde. O professor Antônio Ledo destacou três prioridades para as quais pede ajuda dos estudantes: a reforma administrativa e de gestão, a reforma didático-pedagógica e a comemoração dos 200 anos da Faculdade em 2008. Além disso, o diretor da Faculdade comentou sobre o II Congresso de pediatria da UFRJ e sobre o seu desejo de abrir a nova sede da Faculdade. Acrescentou ainda a importância do médico na sociedade, que sempre “atuou com papel de liderança, principalmente os formados na UFRJ. Tendência que possivelmente provém do processo de seleção e do próprio meio acadêmico”, comenta. Para finalizar, a professora Maria de Fátima levou os calouros para conhecer o IPPMG em um passeio que foi do centro cirúrgico, enfermarias às salas de aula e de descanso da residência médica. O CACC continua com a semana de trote e na sexta-feira organiza uma oficina de atividades lúdicas.


Vem aí a XXVIII Jornada

Mônica Reis, Jornal da UFRJ

A Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2) já iniciou os preparativos para a XXVIII Jornada Giulio Massarini de Iniciação Científica, Artística e Cultural, que acontece nos dias 7, 8 e 9 de novembro. O objetivo é propor um espaço de exposição e discussão dos trabalhos de Iniciação Científica, estabelecendo um intercâmbio entre alunos de graduação, professores e pesquisadores envolvidos em atividades de pesquisa da UFRJ.

Porém, a participação dos estudantes não se restringe aos bolsistas. Apesar da apresentação desses ser obrigatória, há muitos trabalhos desenvolvidos por alunos sem bolsa. E eles vêm crescendo dentro do evento: de 756 em 1997 para 3703 em 2005. Segundo Fátima Freitas, coordenadora técnica da jornada, a condição principal é ser aluno de graduação da UFRJ, mas algumas exceções são permitidas. “Os trabalhos de pós-graduação somente são aceitos se o aluno tiver sido da graduação entre os meses de setembro e outubro. Caso o aluno não seja da UFRJ, pelo menos um de seus orientadores deve ser ligado à universidade”, explica Fátima.

A abertura do evento será no Centro de Ciência da Saúde (CCS), onde haverá a exposição de painéis de todos os centros da UFRJ, incluindo os da Iniciação Júnior do Colégio de Aplicação. Essa exposição inicial é avaliada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que, desde 1993, tem convênio com a universidade para a realização anual da jornada.

Realizada pela primeira vez em 1978, a jornada era inicialmente limitada ao Centro de Tecnologia (CT) e ao Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), tendo como organizador o professor Massarini. Em 1985, a apresentação dos projetos da UFRJ se expandiu para os outros centros da instituição, contando com a apresentação de quase uma centena de projetos. Na última edição, em 2005, esse número evoluiu para mais de dois mil trabalhos, segundo dados da Coordenadoria Técnica do evento.

A edição de 2006 terá novidades. Pela primeira vez, o Fórum de Ciência e Cultura (FCC) participará como um centro de pesquisa, tendo seus trabalhos apresentados no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão. Nas edições anteriores, as pesquisas ligadas ao FCC eram distribuídas entre as demais sessões de apresentação – CFCH, CCMN, CCJE, CCS, CT e CLA.

Além disso, o melhor trabalho de cada centro receberá um prêmio de R$ 1 mil da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB). A avaliação será como nas edições anteriores. Os docentes da instituição vão coordenar as sessões. Os melhores de cada uma serão convocados para uma apresentação especial, com a presença de representantes do CNPq, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e outras instituições que apóiam a jornada. Desta apresentação, será escolhido o vencedor de cada centro. Os outros trabalhos receberão menção honrosa.

Mais informações podem ser obtidas no site http://www.pr2.ufrj.br/.