Para quem quer emagrecer, a idéia de comer mais vezes durante o dia pode parecer absurda. No entanto, diminuir o intervalo entre as refeições evita que o organismo acumule calorias em forma de gordura.
"Ficar com fome torna o organismo estável, com metabolismo mais baixo para gastar menos energia", afirma o nutrólogo Daniel Magnoni, presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição e da Associação Brasileira pela Nutrição Saudável. O jejum prolongado provoca o aumento da produção de insulina, o que estimula a fome.
É o caso das pessoas que reclamam que comem pouco e não conseguem emagrecer. Conforme o médico, são comuns casos de pacientes que só fazem uma grande refeição (almoço ou janta) e quase nada durante o dia. "O corpo se acostuma a receber pouco alimento, mas não emagrece", explica.
A dica é manter o sistema digestivo sempre ocupado. "Comer várias vezes e pouco diminui a sensação de fome", aconselha o médico. Alimentar-se de três em três horas é a orientação dos especialistas para quem precisa perder peso. O período é o tempo suficiente para completar a digestão e começar a sentir vontade de comer novamente.
Salgadinhos, biscoitos recheados e uma série de alimentos industrializados são fontes das chamadas gorduras trans, motivo de preocupação quanto aos efeitos maléficos para a saúde. O principal alvo deste tipo de produtos, coloridos, crocantes e cheios de sabor, são as crianças.
O alerta é do presidente do Comitê do Selo de Aprovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Existem muitos estudos mostrando que a aterosclerose é uma doença que começa na infância e vai se manifestar pelos 40 anos", relata Marcelo Bertolami.
O entupimento de artérias é causado pelo depósito de gorduras nas paredes sangüíneas, entre elas, as trans. Estas, além de diminuirem o índice de HDL (o colesterol bom), elevam os índices de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, fatores de risco de doenças coronárias.
A partir de 1º de agosto, os produtos industrializados deverão exibir nos rótulos a quantidade de gordura trans que o alimento contém, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No entanto, não há limites seguros para a ingestão do elemento. Pela recomendação da Organização Mundial da Saúde, o ideal é que não passe de 2g por dia.
"Quem quer ter mais qualidade de vida tem que cuidar os ingredientes dos produtos", aconselha a nutricionista Joselaine Stürmer, especialista em Nutrição Clínica e autora dos livros Nutrição Molecular e Qualidade de Vida e Comida: um Santo Remédio. Segundo ela, as pessoas acabam se interessando apenas pela quantidade de calorias e esquecem de observar outros elementos nocivos à saúde.